Luz
de ouro róseo véu de lume veio
Estender
no azul o seu lavor louro
A
noite alvejar, desbotar o anseio
Na
faina febril bordar seu alvoro
Neste
silêncio de linhas que envolve
O
tecer das formas que a luz semeia
O
verbo se faz arauto a quem ouve
Sua
candeia a luminar-lhe a teia
O
verso especular a lavra enleia
Da
chama do dia a sua teia finge
Esse
lume regresso por mão alheia
Retorna
em espelho a esfinge etérea
Esconso
demiurgo em fulgor cinge
O
responso que habita a fulva esfera
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