Em chama arde o mudo e
ausente rosto
Sozinho grita anônimo no
escuro
O infuso amor no abismo
sepulto.
Nesse existir anômalo e
oposto
Orbita o mudo afeto e
atrás o vulto
Do ser que permanece nascituro.
Vibra esse reino infuso
em sua ermida
Na era pré-verbal em dor
tristonha;
Ao nada que de si se lhe
aponha
Cobre-lhe o pó das águas
refletidas;
A dor fetal engendra a
voz fendida
Na imagem que a palavra
dentro sonha
Rasgasse a teia breu de
sua fronha
Visse ao avesso as
vísceras da vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário