Espiral
Vilma Silva
O dia nasce atrás de escombros fios mortos
do breu que a noite o andor depõe
detrás da aurora
a luz aflora em sol espelhos
de outros portos
manhãs em seu clarão no encalço
de outras horas
O dia vai enfim tecendo
pressupostos
que o louro Apolo a luz no céu
aduz e ancora
Clarão do sol no véu azul em tocha
aposto
Desliza o céu ao som da luz que
enfim labora
acetinado ardor no seu dossel
disposto
ao sempre igual andar de sua
tela embora
pareça imóvel seu zimbório azul
de agosto
E já o louro sol depõe o dia
agora
na tarde que ora vai n’oeste doutro
porto
A noite ancora então no andor de
suas horas
.
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Tocha do sol no véu dourado de
outros portos
que a mão de Apolo o céu adensa e ali demora
a tarde que ora vai depondo o dia
morto
E a sombra enlaça o sol no breu
de suas horas
O louro Apolo já depõe a luz
agora
e a noite vai enfim tecendo
pressupostos
ao sempre igual andar de sua
tela embora
pareça imóvel breu o seu dossel
disposto
No véu da noite ao som astral que
enfim labora
acetinada luz de estrelas em seu
horto
Vestal lunar atrás da nau de
espessas horas
Do andor que a noite então depõe
detrás da aurora
a luz aflora em sol espelhos de
outros portos
Manhãs que o dia aduz no enlace
de outras horas
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