Soneto
Nada não há que o dom a voz não fita
E o marfim das palavras grava adentro
Os abismos imersos a dor ficta
Suposto fio além do que atento
Alinha e risca fia imprime e cinge
Formas e sensações o continente
Os desnortes a mais a nossa esfinge
Arquétipos e espelhos congruentes
A linguagem-marfim na imagem finge
E o que fulgura em tudo fica assente
E mente o devir o tempo a fluir
Estirpe e figura que nega o ente
O som da palavra adentra o devir
E mente adentro seu próprio mentir
Vilma Silva
segunda-feira, 21 de junho de 2021
Soneto
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