À beira da vertigem
Fervor
são teus olhos amplos de vertigem
A
penumbra veste a hora em seu matiz
Coladas
às tuas minhas mãos te exigem
Brilha
o céu na linha curva onde já vigem
Franjas
de purpúrea cor e tons febris
Fervor
são teus olhos amplos de vertigem
A
luz compõe o céu em fogo e a origem
da
cor de amora que em nós exalta e fulge
Coladas
às tuas minhas mãos te exigem
Esse
fulgor febril nossas mãos atingem
À
borda da encosta que a noite encobre
Fervor
são teus olhos amplos de vertigem
Estreitando
o tempo sem nenhum desdém
A
noite se dissolve em um clarão de cobre
Coladas
às tuas minhas mãos te exigem
E
quando a manhã abrir seu novo orbe
seremos
a manhã coberta de ouro e cobre
Fervor
são teus olhos amplos de vertigem
Coladas
às tuas minhas mãos te exigem
Vilma Silva
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