ouço as acácias no cerne do seu caule
na borda do meu nariz as cerejeiras abrem flores
e dos umbrais dos meus olhos deságua
o bordado do tempo entre minhas mãos
caminhos entre beiras ocidentais em um céu morno
os séculos passam e me enlaçam os ermos,
escurecem os sois enquanto os meus anseios
desabam em precipícios acesos dentro
antro de horas
noturnas que soluçam
entre poções de
ausência e abandono
os fogos
inextinguíveis de minha espera,
chamas acesas que
meus desertos queimam
***
Vilma Silva
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