Inciência
Eu não sei o que sou
e sei o que sou sem saber o
que sou
A vida por fora não é a vida
por dentro
¾ Vivo
evolada no irreconhecível
O rosto do homem não é o rosto
do
homem interior
É outra coisa que não sei ver
E assim mesmo no rosto do
homem
recende o homem de dentro.
Enovela em sombras essa
geometria que traça
linhas invisíveis no após a
pele. Não sei o que é
o
dentro
E o
fora não é o que é
Vilma
Silva
Pós Fernando Pessoa, não vale a pena tirar a máscara.
ResponderExcluirSeu comentário é interessante e valoroso, Douglas! Muito grata por expressar sua percepção. Pensei em sombra; ou melhor, senti o incomunicável do ser e, correlatamente, que nos relacionamos como sombras uns com os outros. É impossível remover a máscara. Ela sempre estará lá em qualquer caso. Mesmo diante da maior sinceridade, o que teremos será apenas uma representação, um fingimento não intencional. A própria natureza dual do mundo é que nos obriga a isso. Você me deu uma ideia para outro poema nessa mesma linha. Muito grata por sua participação, pela oportunidade de alargar as ideias e oferecer caminhos de percepção a mais.
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