Dedos cardam a relva
tanto quanto
O arado escava leivas e
abre vãos
A erva má rastelam
noutro tanto
As mãos, pá que semeia e
cinge o grão
Ignoto instante engendra
o enlace e o voo
Na flor que medra em
broto o puro alvor
Da seiva que o fruto o
haver botão cevou
O encanto e a flor, o
sumo fulvo e a cor
Matriz do corpo a terra
também lavra
Se a mão lança, a
semente gera e tece
Elos que se enlaçam como
a palavra
Teia que anela enfim a
mesma messe:
A loura leiva a seiva e
seu olor
Seda e pérola horto e
campo em flor
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