sábado, 12 de novembro de 2016

Vagas avaras, vozes vagas


O lendário mar apascenta águas e ascende
vagas avaras, veleiros de vozes vagas
violas veladas que em novelo o som lacra
e o velame o tempo entrega ao vento vigente

Vozes veladas, veleiros de vozes sacras
O ambulante mar novelos de afã divaga
E os ventos acata adiante entre mãos d´água
Vozes avaras, velames de violas vagas

O poema os ventos colhe entre mãos de adagas
Laudas votivas ecoam em ceia lauta
Vozes veladas, velames de vozes vagas

Veleiro que entoa os dons da esquiva jangada
Agudas adagas que entre vagas deságua
Vozes veladas, velames de vozes vagas


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