Levedura
Meu silêncio é a levedura do meu verso
E demora a brotar em flor o ardor do belo
Fujo ao mundo e em solitude me converso
Em meu silêncio rasgo véus e te revelo
Adormecida exalo o som e a voz se altera
Oração que ao humano teço em epopeia
O meu silêncio abre as portas para o belo
Desse sentir que sob a vida a alma gera
Navega o verso em águas planas de mistério
A palavra nomeia o mundo e cria elos
Se meu amor não alcançou mover o amor
Dos meus dedos brota amor em versos belos
O corpo humano é um vaso abrasador
Ecoa sons e em meus dedos cria elos
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Vilma Silva
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